Complexo de inferioridade...

... Nos achamos nos outros quando nos perdemos de nós mesmos...

O Complexo de inferioridade é uma patologia cada vez mais frequente na sociedade, principalmente entre crianças e jovens. Com causas que muitas vezes remontam a infância as pessoas com este mal passam a se perder delas mesmas e muitas vezes não buscam valorizar o q realmente são.
Em uma sociedade que cobra a cada dia o perfeccionismo do indivíduo e o sucesso acima de tudo, errar pode ser trumático. Com isso, ao decorrer de seu desenvolvimento as pessoas que cresceram reprimidas pelos seus erros e medos acabam não se menifestando frente ao mundo, se sentindo incompletos em tudo que fazem e se importando mais com a necessidade alheia à sua própria.
Complexo de inferioridade não é um mal moderno nem momentâneo, ele surge ao decorrer dos anos e se aprofunda a medida que a pessoa acaba se sentindo reprimida em suas necessidades e constantemente julgada pelos seus defeitos. Ela não manifesta publicamente o fato de se sentir inferiror aos outros mas se martiriza constantemente pelas coisas que faz, são extremamente críticos consigo mesmos e inseguros. São pessoas mais fechadas (tem dificuldades de se manifestarem afetivamente, medo de se relacionarem e serem julgados negativamente ou reprimidos), se importam muito com a opinião alheia, procuram sempre agradar aos outros, se mostram aparentemente felizes e lhes agrada estarem em estado coletivo.
Este último elemento é curioso pois existem vários razões para que uma pessoa passe a aderir ao coletivismo. Mas neste caso trata-se de um anti-individualismo patológico, um estado mental onde há um certo ódio pela figura do indivíduo. A pessoa pode ser rica, inteligente e bem articulada, mas ainda assim sofrer desse sentimento anti-indivíduo, buscando refúgio em algum ente coletivo. Ela precisa de uma válvula de escape coletivista, de algum grupo o qual se identifique, podendo assim anular suas falhas – e virtudes – como indivíduo. A destruição do “eu” é o objetivo final. Por trás dessa fuga, está um grande complexo de inferioridade.
Pessoas assim porém são mais perfeccionistas e obstinadas. Apesar de nunca acharem que são bons o suficiente, estão constantemente melhorando e buscando novos conhecimentos e ocupações. Tais buscas seriam saudáveis se a consequência disto não fosse um esvaziamento do próprio individúo e menosprezo de suas atitudes, gerando ainda mais tristeza. Ao se perceberem assim, tornam-se pessoas cada vez mais ressentidas, depressivas e dependente dos outros. Problemas como bullying, dificuldades de aprendizagem ou socialização podem gerar ou agravar ainda mais este mal.
Uma solução para isto é feita gradualmente a partir do momento que o indivíduo se identifica e se aceita como realmente é frente ao mundo. Todos possuem defeitos e qualidades, mas quando canalizamos tudo isso para o nosso crescimento pessoal tudo se torna mais frutífero e virtuoso. É preciso também não depositar nossa felicidade nos outros porque eles também são falhos e dependentes, o estado coletivo deve ser criado como forma de compartilhamento de experiências e não fuga da própria existência. As pessoas, por serem imperfeitas, também nos magoam e devemos entender isso e saber perdoar, julgar se realmente aquilo é uma coisa que devemos nos preucupar. Se importar demais com a opinião alheia pode ser um sério fator para percermos que não nos importamos realmente com nossa construção pessoal e social.
Sejamos mais nós mesmos, com nossos medos e alegrias, construindo a nossa essência de forma saudável e construtiva. Valorizemos e nos identifiquemos pelo que realmente somos e consquistamos, valorizar nossas conquistas e por que não nossas derrotas? É a partir delas que temos a aportunidade de evoluir e nos erguer mais fortes e preparados para enfrentar as circunstâncias que surgem ao longo da vida.
Um abraço enorme de uma menina que ainda se sente pequena, mas que busca a cada dia ser grande o suficiente para se identificar consigo mesmo... A Pequenininha....


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