Razão X Emoção


...Nada como uma imagem reflexiva para um tema reflexivo...
Este sempre foi o dilema de diversas gerações e culturas, discutido anos a fio por milhões de pessoas. Quem nunca se deparou com esse dilema? Mais do que uma forma de posição a razão e a emoção ditam personalidades, segregam opiniões e nos fazem enxergar um mesmo assunto por diferentes ponto de vista. O certo seria que as duas vivessem em comunhão para o posicionamento correto de uma opinião ou tomada de decisão, mas é indiscutível como sempre tomamos mais partido de um destes lados de acordo a situação ou nosso estado de espírito no momento.
Resolvi abordar este assunto por ser um tema que faz parte de dos questionamentos da maioria das pessoas em algum período de sua vida. Me considero uma pessoa muito racional, muito mais razão que emoção. E muitas vezes não acho que isto seja ruim. Quando se é mais racional as decisões são mais firmes, o pensamento mais focado, seus passos são mais objetivos e certos, tudo é mais bem calculado e dificilmente agirá por impulso. Mas personalidades racionais são mais fechadas, críticas e introspectivas. Não que deixamos de expressar nossos sentimentos, o sentimos da mesma forma que qualquer pessoa, mas nos resguardamos de demonstrá-los para não expor nossas fraquezas. E quem gostaria de se mostrar frágil diante dos outros? Quem gostaria de ser dominado e se mostrar sensível diante as dores do mundo e da alma? O racional coloca uma máscara de imparcialidade, finge para si mesmo que sua visão é apenas lógica e guarda para si os sentimentos a respeito do que presencia ou vive. E nisto perde muitas oportunidades de se abrir, de mostrar sua humanidade e sua capacidade de amar vai se esvaindo diante do endurecimento do coração, que acaba sendo inevitável ao longo da vida.
No entanto se mostar sensível e ser o tipo emocional muitas vezes não é uma atitude muito esperta. Facilmente estas pessoas são ludibriadas e dominadas por serem motivadas pelos seus sentidos e emoções. São pessoas mais instáveis e impulsivas. Se por um lado são ótimas educadoras e consideradas pessoas muito carismáticas, em sua maioria, por lado outro são muito desastrosas com a tomada de decisões sérias e situações que exigem grande equílibrio emocional.
Frente aos dois lados nos vemos sem saber que caminho tomar diante aspecto. Pessoas não são ruins ou sem sentimentos por serem racionais ou terem dificuldades de demonstrar suas afeições. Mas é necessário vencer barreiras... ter coragem de abraçar sua mãe sem que ela interprete isso como uma forma de chegar para 'pedir um dinheirinho'. Ser sincero quando se dá carinho a alguém e ter coragem de olhar nos olhos das pessoas que se gosta e adimira (para muitos não tem coisa que constrange mais do que olhar nos olhos de alguém ou beijar seu rosto). É preciso ter coragem de assumir que gostamos das pessoas e quem sabe poder manisfestar isto, não só verbamelnte, mas também com gestos e ações. Enfim, mostrar nossas afeições sem medo de revelar quem somos e aquilo que sentimos.
Por outro lado temos medo de nos abrir e acabar me expondo demais às pessoas. Não ter sorte em aspectos que envolvem afetividade faz com que muitos passem a focar na questão racional e profissional, na qual sempre são mais sucedidos (mesmo que seja mais pelo esforço e dedicação do que pela sorte). Ser mais aberto e emotivo significa também poder estar mais suceptivel aos sofrimentos que tamanha abertura pode acarretar. Até porque as pessoas não são perfeitas, se de um lado elas nos consolam de outro elas podem ser bastante duras, e desta última parte a maioria das pessoas tem mais vivência do que da primeira. É por isso que tantas pessoas não consiguem se imaginar como uma pessoa emotiva.
Claro que os racionais não funcionam robôs!!!! Ninguém consegue ser 100% razão mas não temos como negar que a forma como nos expressamos afeta bastante a como conduzimos as questões que aparecem em nossas vida, na formação de nossas personalidades e também afetado nas nossas relações afetivas (e quando falo afetiva é de família, amigos, a questão amorosa, etc.).
Temos medo de ser uma pessoa que não sabe aproveitar as coisas por medo de expressar seus sentimentos. Não queremos crescer como pessoas reprimidas pelos meus medos e sentimentos enclausurados, mas também não queremos nos expor a mais sofrimentos ou se fazer submissos por causa deles. Temos sonhos e ambições que exigem muito da nossa razão, mas também temos medos e inseguranças que pedem que exercitemos nosso lado emotivo. Não podemos crescer com frustrações, é necessário tomar uma postura diante disto, amadurecer.
Realmente é uma questão muito dual... devemos equilíbrar tudo na medida do possível mas creio que uma hora temos que decidir o que lado cujo o custo é menor que o benefício. Enquanto isso ficamos nessa onda filosófica que parece nunca ter fim... rsrsrsrs...
E vocês? O que acham disto? Entre razão e emoção qual lado oferece mais benefícios? Que lado escolheriam?
Aguardando comentários de meus amigos leitores (será que já tenho algum?)... mtmtmtmts beijos da racional quase emotiva Pequenininha...

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