Esperança
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“É preciso ter uma esperança certa. Que não seja cega, deficiente e/ou improdutiva. É preciso ter esperança pelo mínimo que seja, qualquer esperança.”
As pessoas estão cada vez mais conformadas com a vida, pacificas as mudanças rápidas que acontecem. Percebemos que as coisas já foram melhores e que estão indo rumo a uma gradativa tendência de piora e caos. Porém não vamos de contra, não lutamos e protestamos pelo nosso ideal de mundo melhor.
Não acreditamos mais na política, fidelidade no relacionamento, e casar-se virgem agora é motivo de piada. Vivemos em um falso humanismo, pois, buscando valorizar o homem como pessoa, valorizamos os prazeres que as coisas podem nos proporcionar para nos sentirmos cada vez mais ‘humanos’. Deixamo-nos seduzir e quando mal percebemos já estamos vivendo em função destas coisas que nos inundam, transformam e distorcem nosso pensamento.
Muitas vezes quando a maioria das pessoas ao nosso redor defende uma idéia que nos é contrária não temos a ousadia de sermos revolucionários, de termos o firme desejo de mudar e defender o que pensamos. Acabamos, desta forma, oprimindo nossos valores para não sermos deixados de lado pela sociedade. Nisto caímos na grande relativização do mundo, em uma grande perca de valores e de nossa individualidade. Temos medo de ficarmos excluídos, logo vamos revendo e nos adaptando a outros ideais e, quando menos percebemos, nos misturamos a um grupo estratificado que pensa conforme o mundo acha melhor pensar.
É difícil carregar uma bandeira sozinha. Mas temos que perceber que podemos ser a diferença no mundo, o início de alguma melhora. Não é fácil, mas não devemos aceitar viver em função do querem que a gente seja. É preciso ter fé, confiança e liberdade ao agirmos para podermos sonhar e acreditar no que sonhamos.
A esperança não pode ser algo infundado e improdutivo. Ao contrário, ela deve ser fundamentada em argumentos (racionais ou emocionais), em uma lógica de pensamento e vivida com determinação e luta. É algo que nos alimenta e nos impulsiona a alcançar novos horizontes, pois sabemos que lá estará as nossas conquistas, nossa meta.
Não podemos desistir do que sonhamos, do que acreditamos, pois se assim fizermos estaremos nos permitindo morrer por dentro, viramos conformistas, zumbis em um mundo com valores que aceitamos mesmo sabendo não serem os certos, mesmo sendo contrários à nossa vontade. Precisamos ser fortes, nadar muitas vezes contra a corrente para protestarmos, mostrarmos que podemos ser e realmente somos diferentes, que podemos ser luz em meio a tanta escuridão.
Em uma sociedade em ruínas é a esperança que nos liberta e vivifica, que nos impulsiona a seguirmos em frente rumo as nossas vitórias. Que possamos nos armar de toda a argumentação, luz e discernimento para que ninguém nos tire o direito de sermos livres, de termos vida e de cultivarmos, mesmo que ainda muito pouco, a esperança.
Abraço a todos... de uma menina que acredita, ou quer acreditar que as coisas ainda podem ficar melhores e luta por esse ideal de um verdadeiro humanismo rumo à felicidade. Que mantém alguns valores e princípios hoje considerados ‘antiquados’ mas que não seria ela mesma se fugisse deles. Bjus... A Pequenininha.
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