A mosquinha do ciúme....

PS 1: o último post tá horrível!!! Só não apaguei porque, de alguma forma, foi a expressão dos meus pensamentos e sentimentos naquele momento e, por isso, deletá-lo seria uma repressão contra mim mesma. E não procure entender o por quê disso porque nem eu mesma entendo...rsrsrsrsrs...

PS 2: essa imagem tá muito engraçadinha... ótima pra tratar sobre o tema... huahuahuahua...

"O ciúme é mistura explosiva de amor, ódio, avareza e orgulho." (Alfonso Karr)

Dizem que o ciúme é um sentimento saudável na medida certa; e não descordo disso. Mas, muitas vezes, não sabemos o limite entre zelo e o apego exarcebado a pessoa que amamos. Até porque esse tipo de sentimento revela nosso medo de perder aquilo que, aparentemente, nos é primordial, fonte de nossa atenção e cuidado. Nos revelamos muitas vezes como pessoas inseguras e sem domínio de nós mesmos. Como equilibrar tal sentimento para que ele não nos domine? Até que ponto o ciúme é considerável algo saudável?

Desde já gostaria deixar bem claro que esse tema não é coisa exclusiva de gente apaixonada. Pode até ser e, se for, vou escrever pessimamente outro post ao ponto de você querer parar de ler por aqui mesmo. Mas, como acho que esse não é bem o caso, prossigamos com o texto.

O dicionário Aurélio descreve o ciúmes, dentre outras definições, como ' angústia provocado por sentimento exarcebado de posse'. Considero isso como uma ótima definição. Não podemos negar que as vezes é bom perceber que as pessoas que mais consideramos sentem um certo zelo pela nossa pessoa, um cuidado especial de querer saber como estamos, como vivemos. Mas, quando esse cuidado passa a ser uma vigia da vida alheia e passamos a perder espaço, ou querer ter dominío de um espaço maior que nos convém, isso é caracterizado como algo extremamente prejudicial tanto para a pessoa ciumenta como o alvo do ciúme.

Semelhante ao ciúme temos a inveja. Mas enquanto o primeiro expressa sentimento de propriedade, a inveja mostra o instinto de roubo. Ambos, no entanto, são extremamente prejudiciais pois revelam nossas dependências pessoais e ausências de nós mesmos. Depositamos nossas esperanças nos outros e nos transtornamos se perdemos os passos de suas vidas. É preciso entender que não somos proprietários de ninguém, e que antes de querer acompanhar a vida alheia é preciso acompanhar, com amor e cuidado, a nossa própria vida.

É natural que tal sentimento, mesmo expresso contra a vontade, ou manifestado por extinto, nos incomode. Mas o complemento de nossas almas não está nas pessoas que são tão mutáveis e imperfeitas, autônomas o suficiente para que não precisemos controlar suas vidas. Talvez a resposta está em amar mais a si mesmo, cuidar de si para depois dar atenção aos outros. Ciúme só revela o medo que temos de ficarmos sozinhos, de nos deparamos mais frontalmente com os vazios que nos habitam; além de contribuir para desenvolver problemas como complexo de inferioridade, dependência pessoal e até depressão.

Quem tem ciúmes diz amar o alvo do sentimento, mas o amor verdadeiro é livre, não machuca e não pede nada em troca. É complicado, mas temos que aceitar que as pessoas estão em nossas vidas para nos complementar e edificar e não para nos tornar mais ausentes com o cultivo de tais sentimentos. Por isso, é sempre bom compartilhar nossas inseguranças com as pessoas que confiamos, buscar nos ocupar com coisas que nos complementem, nos fazermos primeiramente plenos para termos condições de nos doarmos aos outros.

O ciúme é intenso... amamos, odiamos, queremos ter posse e nos achar grandes proprietários... que tolice é construir nossos domínios sobre falsas propriedades! Isso só gera a amargura de perceber que nos iludimos com coisas que não são nossas e deixamos de dar importância ao que é propriamente nosso. Tudo, então, passa a ter mais valor que a gente mesmo.

O ciúme pode até ser bom na medida certa, mas sua intensidade nos corrompe. Por isso é preciso ter bastante cuidado com a aplicação desse sentimento no nosso dia a dia, é necessário controlá-lo continuamente e não afetar os outros, e nem nos afetar com zelos exagerados. Antes de querer saber ou cuidar demais da vida alheia pensemos se estamos nos cuidando o suficiente para ter condições de nos oferecermos aos outros. Isso é exercício diário, é construção de vivência e, mais que tudo, complementação de aprendizado e crescimento pessoal. Passamos a vencer nossos medos, somos mais independentes sem deixar de conviver com as pessoas que mais temos apreço... isso nos torna pessoas mais vivas, capazes verdadeiramente de amar!

Bjus a todos... da menina que ainda não se identificou completamente com nenhum dos personagens da foto acima, A Pequenininha...


Comentários

joao paulo disse…
muito bom nanda continue assim. bjs saudades!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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