Não sou como Madre Tereza...


Não sou como Madre Tereza de Calcutá!

Posso dizer que sou um pouco chata por querer tudo certo e organizado, e impaciente por sempre criar perspectivas de que meus projetos dêem certo. Às vezes sou um pouco perfeccionista, exagerando assim na cobrança com outras pessoas, mas acima de tudo na cobrança comigo mesma.

Sou ávida na busca de meus interesses e ansiosa em querer satisfazer minhas necessidades. Mas com outras coisas, que não considero prioridade, sou meio preguiçosa e só resolvo quando não tem mais jeito, mas no final sempre resolvo (e do meu jeito). Tenho uma forma particular de agir e me sufoca perceber que tenho que viver conforme os interesses dos outros. Mas estou aberta a escutar opiniões alheias. Muitas vezes sinto por ser afetada tão facilmente por elas, mas em outras me surpreendo por me fazer tão indiferente às suas palavras.

Procuro ser paciente e humilde o quanto posso. Vejo que preciso treinar bastante estes aspectos em mim, mas não sei até que ponto estou disposta a agüentar tantas situações calada desta forma. Observo que ainda preciso mudar muitas coisas... Não gosto de como lido com minha soberba, avareza e falta de convívio social. Para mim é um grande incômodo saber de uma construção pessoal regida pelo insucesso em questões que envolvem emoção e, consequentemente, da descarga em áreas puramente técnicas e racionais que criam grandes tendências individualistas.

Não sou uma pessoa agoísta; mas aprecio um cantinho só meu, onde eu possa exercer minha liberdade consciente. Tenho uma série de complexos. Cuido de mim mesma, mas estou longe de conseguir algum grau de auto-suficiência, ao contrário, ainda vejo que sou muito dependente das pessoas. Porém, não sou uma pessoa muito aberta, me mostro subliminarmente ou aos poucos de forma que dificilmente me exponho por completo. Podo-me para não agir impulsivamente, me abstendo de muitas coisas e me defendendo de tantas outras. Por isso não procuro criar grandes expectativas, me faço extremamente racional por uma construção de vivência, sem necessariamente querer ser assim.

E muitas vezes me dôo demais. Entrego 100% do meu nada; fico em déficit comigo mesma e isso acaba gerando um grande desgaste mental e emocional. Eu gosto de ajudar os outros, mas ainda não consegui estabelecer um limite para voltar e pensar mais em mim mesma (sem, necessariamente, ser egoísta). Ajudo sem esperar muita coisa em troca, mas como ficaria feliz de receber algo que pudesse ser recíproco.

Enfim, não sou como Madre Tereza de Calcutá, mas já consigo assumir minhas misérias diante do mundo. E como me dói tudo isso!

O que mais poderiam querer? Como viver em uma situação imposta sem sufocar seus próprios anseios? Viver em entrega quando mais se precisa do que tem a oferecer?

Como eu gostaria de ser como aquela doce e santa mulher... Sei que perfeição é impossível, mas procuro ser uma pessoa a cada dia melhor conforme minha capacidade, mesmo diante de tantos dilemas. Que vontade tenho de ser paciente, batalhadora e forte como Madre Tereza!!!

Bjus de uma menina que busca sempre a melhor forma de viver e interagir com o mundo e as pessoas... A Pequenininha...

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