Pensei que era amor mas…

pensei que era amor mas

Amor e pena por mais distintos que sejam podem se confundir. Quem ama vê uma pessoa como um todo; suas características boas e ruins, e decide por dedicar seu carinho e atenção para ela, do jeito que ela é. Por uma decisão consciente, quer cuidar e trazer felicidade para alguém com a qual se identifica e que possui grande apreço. Já a pena faz você querer a companhia da pessoa por solidariedade, por achar que ela é frágil demais e precisa de você para superar suas dificuldades. Acredita que sua presença poderia fazer algo para ‘concertá-la’ e, assim, torná-la uma pessoa capaz de amar e ser amada para quem sabe conseguirem progredir para um real sentimento.

O problema é que não há como concertar uma pessoa sem a sua real vontade e iniciativa, tampouco querer moldá-la no perfil que julgamos ser o correto. Cada um tem sua personalidade, sua história, que é muito particular para ‘um estranho’ querer entrar do nada e começar a julgar o que é certo e errado, além de querer mudar a pessoa por um sentimento que ele acredita sentir e que acredita ser benéfico para ambos. No começo a atenção recebida pode ser encarada como carinho e cuidado, mas logo o excesso de controle, correções e a não aceitação do outro do jeito que ele é, faz com que a relação logo se torne morna e desgastante.

Essa falsa impressão de amor em relação a alguém acontece mais frequentemente entre os homens. Muitos deles naturalmente possuem este extinto de proteção, de quererem cuidar e serem paternalistas. Em um dia qualquer reparam em uma menina aparentemente interessante, mas que não arruma ninguém e aparenta ser sozinha e/ou carente. Aí o cara pensa: ‘Poxa, essa gatinha parece tão legal, porém tão só… Ela precisa um pouco de alegria pra vida dela, um pouco de vida! Como estou solteiro, posso ser a solução para os problemas dela e também me ajeitar e me dar bem!’ Na verdade o diálogo não é exatamente esse, mas em essência muitos dos homens que passam por isso possuem semelhante pensamento. Logo, passam a se aproximar não por realmente estarem interessados, mas pela motivação de suas carências e por acharem que podem ser a solução para a vida de sua pretendente.

Se a relação consegue dar início, logo ele pode perceber que não é tão fácil assim mudar uma pessoa. Então se irrita, entedia-se, tenta se esforçar para apontar e tentar remediar os defeitos do outro ao invés de tentar se esforçar para amá-lo. Logo percebe que apenas idealizou uma situação, se cansa e cai fora. Nesse processo a outra pessoa pode até ter acreditado que ele estava realmente envolvido, e que era carinhoso e atencioso, mas depois percebe que isso foi apenas um sonho rápido e talvez até demore a captar o por quê da relação não ter dado certo. No final ambos se machucam, um pela frustração do plano mal sucedido, o outro pela não correspondência de sua entrega. Situações que podem deixar marcas para toda uma vida!

Meu conselho é uma auto avaliação do que realmente a pessoa sente ao deparar com esse tipo de situação. Talvez seja interessante perguntas como: ‘O que eu acho interessante nela?’ ‘Porque eu quero estar com esta pessoa?’ ‘Quero a felicidade dela e seu aperfeiçoamento apoiando-a ou corrigindo-a?’. Pode parecer besta, mas são perguntas simples como estas evitam muitos transtornos e relacionamentos desgastantes e mal estruturados. Quando diferenciarmos o sentimento de pena do amor sabemos respeitar e lidar melhor com nossas limitações e a do outro, além de avaliar o momento certo para investir em uma relação promissora.

De uma menina que conseguiu despertar mais pena que amor (Fazer o quê né?! rsrsrs… Mas, por favor, sem ficar com dó!).

Bjus… A Pequenininha.

Comentários

Leia também: