A ‘falta’ de coragem

sem coragem

“Avisa… Se o sol brilhar de novo no horizonte
Avisa… E pode ter certeza que eu tô lá pra ver
Avisa… Se a liberdade te trair e precisar de alguém
Avisa… Ou se tudo correr bem e não precisar
Avisa… Parece até que o vento traz o sentimento
Avisa… Ele nem faz questão de nos avisar
Avisa… Pro vento que traz sofrimento que sopre pra outro lugar
Avisa… Pro vento que traz amor, não vejo a hora de você chegar”

Avisa – Falamansa

Meu coração está do tamanho de uma ervilha, Me sinto incompetente diante da minha timidez e falta de jeito. O meu calculismo e precaução exacerbada me são muito úteis, mas não sei se agora estão me fazendo bem.

Falta-me coragem para dizer o que sinto, para simplesmente ser sincera comigo mesma e com o outro e de liberar toda essa sensação guardada em meu peito. Quanto mais guardada parece que fica mais intensa, o que torna a situação complicada. É tanta expectativa e ao mesmo tempo tanto medo… Medo de arriscar, de magoar, de perder uma pessoa que tenho como especial da forma que ela é e na forma que estamos hoje, mas que eu posso colocar tudo isso a perder.

Eu gosto mesmo dele ou é apenas algo físico? Não será por que ele é o cara mais próximo que me traz esse consolo? Que tipo de emoção é essa? Vale a pena arriscar e colocar em jogo a amizade? Isso não é só carência? O destino favoreceria se fosse de acontecer ou uma atitude precisaria ser tomada? E se eu realmente estivesse interessada, conseguiria manter isso como segredo em prol da amizade?

Assim como um imã me sinto pulsante, irresistivelmente atraída. Como humana sinto a necessidade de ter alguém ao meu lado, compartilhando a minha vida de forma mais pessoal. Como um ser racional vejo uma tragédia pré-anunciada (porque isso sempre dá em merda) e de talvez perder um das pessoas mais especiais que compartilho a minha vida. Ele é especial da forma que é hoje para mim, como amigo, continuaria assim em outra condição? Talvez sejam estas questões que me trazem tanto medo e ainda não me levam a ainda tomar uma atitude. Creio que conseguiria lidar com ele não sendo meu peguete, amigo colorido, namorado, sei lá... mas seria muito difícil não tê-lo mais como amigo.

Sinto-me muito insegura neste aspecto e a falta de coragem e de encontrar uma saída mais fácil pra isso faz com que eu me silencie em nome da situação de bem estar que permanece entre nós. Talvez essa situação se prolongue por muito tempo, talvez uma hora eu exploda e resolva falar, e talvez meu coração se aquiete, mostre que foi só um alarme falso, e volte ao seu estado normal aos poucos. Até as possibilidades são extremamente especulativas, não tenho a mínima ideia de como lidar com isso e de qual rumo a situação tomará. É uma situação muito delicada e por isso guardar toda a intensidade destes pensamentos e sentimentos têm sido, até o momento, a melhor alternativa na minha visão.

Quando seus sentimentos e expectativas envolvem o outro tudo se torna muito mais complexo, pois o ‘dar certo’ não depende mais somente de você. Como escritora recomendaria os meus leitores a serem sinceros, a não se reprimirem e a correrem atrás daquilo (ou daqueles) que amam. Mas como pessoa que passa pela situação só rezo e traço estratégias para que minha vivência me leve a um discernimento claro do que se passa comigo e como devo agir para tomar a atitude certa. Que Deus me ajude nestas encrencas que eu cismo em me meter! rsrsrs…

De uma menina MUITO medrosa.

Bjus… A Pequenininha

Ps: Ele nunca foi de ler meus posts, que pelo amor de Deus não comece por agora!

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