Closer to the Edge
“Não é questão de estar certo ou errado... são apenas uma ou duas horas de alívio da dor de ser você.” Do filme Amor e Outras Drogas.
Quando se está perto do limite, mesmo que cada um tenha as suas particularidades, reconhecemos em nós e nos outros uma forma semelhante de agir que podem se resumir em apenas duas saídas: ou atuamos sendo como sempre queríamos ser ou como sempre tivemos medo de ser; sendo as duas, formas de extravasamento e/ou defesa.
Em um estado de crise à única coisa que se almeja é uma estratégia de fuga, uma válvula de escape para tanta pressão, ou o enfretamento do mesmo. Nestes termos se acovardar é muito mais simples e prático, apesar de ineficaz. O máximo que nos proporciona são momentos de euforia ou ausência de consciência em meio a tanta confusão e dor. Para isso só requer que abracemos nossos impulsos, medos e conformismos. Não é o alívio da pressão e sim um pequeno momento de pausa da agonia que vai se acumulando e volta mais forte e pior.
Mas como, então, enfrentar o problema? Como resolver questões que vão além dos limites da nossa individualidade e envolve outras pessoas? Como lidar bem com sua vida quando se está tão descontrolada e fragilizada ao ponto de beirar o limite?
Estar no limite ainda não significa uma situação de colapso, o que é bem pior. Nesta última a pessoa já se encontra quebrada, perdida em sua dor, sem perspectivas de melhora. Estar ‘à beira de colapsar-se’ é uma situação que requer o máximo de cuidado, de auto avalição e amor próprio; para ter força de vontade de fazer com que as coisas possam ser diferentes, ir de contra a todos os ideais negativos mesmo que estes sejam fortes ou até contundentes, acreditar que você ainda pode ser feliz e tem o direito desta conquista.
Esta é uma a fase em que nos sentimos mais confusos, tristes e inseguros, mas, contraditoriamente, é onde nos é exigido uma maior pulsão de ânimo e força pra decidirmos o que somos, o que queremos e como pretendemos estar segundo nossas escolhas. É bom lembrar que o caminho a tomar frente a estes momentos de crise podem até nos quebrar, mas também nos amadurecem. Quem supera esta fase deve se sentir vitorioso, pois sabe que nasceu de novo: precisou desconstruir-se completamente para poder se moldar de forma mais perfeita e resistente.
Está à beira do limite? Então extravase! Mas cuidado! Não vá muito além dos limites da sua racionalidade; onde você se perde sem conseguir se encontrar, sem conseguir reestabelecer seu estado comum de normalidade. Seja você mesmo; pondere as consequências, veja até que ponto você deve continuar saindo perdendo nesta situação em prol de um bem comum. Se fundamente naquilo que é perfeito e imutável, sentido da sua vida, enfim, tenha um sentido pra sua vida! A gente só sabe para onde ir quando sabemos de onde viemos e temos controle de nosso presente, do que queremos e precisamos.
Enfim, seja decisivo! Viver sempre no limite não quer dizer, necessariamente, viver todos os momentos ao extremo, mas sim se provar constantemente ao máximo pra ver até onde você consegue suportar e, acredite, por não ter total consciência de si mesmo você pode se despedaçar sem saber como reconstituir-se novamente.
Cada um tem noção de seu limite, suas consequências e como lidar com elas. É uma questão muito pessoal para poder apresentar soluções práticas. Então, que possamos em nossa individualidade encontrar a solução que nos convém dentro das regras básicas e instruções aqui apresentadas. Estar no limite, extravasar ou se conter, é uma questão particular; mas acredite que você vale mais que um momento, que uma busca desenfreada por euforia ou explosão de raiva ou outro sentimento qualquer. Você é mais que emoção, você é razão, é matéria, é parte da vida de outras pessoas que contam com você! Você é tudo isso e ainda seus limites, e nada além deles.
Que nos superemos na busca de sermos melhores em sermos nós mesmos e nas metas que almejamos alcançar sem, contudo, nos desrespeitarmos e dispersarmos de nosso alvo maior; sermos felizes!
Abraço a todos... de uma menina que vive muitas vezes à beira do limite e suas consequências, tentando sempre lidar com tudo isso. Bjus... A Pequenininha.
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