A dimensão que os problemas possuem

"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso." - Mário Quintana


Um problema é do tamanho que enxergamos ele. Uma dor que é insuportável para uns, por exemplo, pode ser relativamente amena para outros e vice-versa. Nesta hora tudo é muito relativo e pessoal, depende apenas do ponto de vista de cada um.

É muito difícil nos expressarmos na totalidade de nossos sentimentos porque eles nos são bastante íntimos, frutos de nossos conflitos e alegrias. As pessoas, no entanto, a quem queremos manifestar isto estão do lado de fora, pensam e sentem diferente de tudo isso que nos é pessoal. Da mesma forma que é difícil a exposição de algo tão subjetivo quanto o sentimento, também a compreensão do mesmo pelas outras pessoas se vê dificultada pelas nossas diferenças pessoais e estranhezas sociais.

Com receio de nos abrir por completo, pois são poucos o que estarão dispostos a nos interpretar e acolher em todos os momentos, acabamos nos manifestando aos poucos, quase que nas entrelinhas. Preferimos nos fechar a demonstrar como realmente estamos e ficamos com medo de ser mal interpretado, rejeitado principalmente por àqueles que mais temos apreço.

Às vezes nos perdemos tanto nos problemas que pensamos não existir vida fora deles, que não existe nada além daquele mundinho de tristezas e amarguras. É preciso perceber que nossos problemas têm a dimensão que enxergamos, pois afetam onde nos é mais fraco, e por isso não permitem que as nossas feridas se cicatrizem. Quando a dor incomoda é pra ela que nos focamos na busca de um alívio até que ela seja sanada ou nos apareça dor mais profunda para ser cuidada.

É muito difícil ter a sensibilidade da dor alheia na qual só a vemos. Mesmo que tenhamos uma convivência maior com essas pessoas, nunca ela será sentida na mesma intensidade de quem as carrega no corpo. Tudo isso nos é muito íntimo, reflete na carência da alma e tem origem em um histórico de vida que não se apaga simplesmente com uma borracha no passado.

Não devemos ser indiferentes aos sofrimentos dos outros, mas, primeiramente, devemos cuidar dos nossos próprios para depois termos condições de auxiliá-los. Sim, devemos ter compaixão e solidariedade com as pessoas, pois, da mesma forma que muitas vezes precisamos de um ombro amigo, também podemos desenvolver a capacidade de oferecê-lo para aqueles que precisam. Nesta hora devemos valer do discernimento para saber até que ponto podemos ajudar ou entender tudo isso. Não é possível se doar quando se está vazio de si mesmo, mas podemos fazer o nosso possível para querer o bem alheio.

Devemos ser racionais frente aos nossos problemas e dificuldades. Analisar pacientemente as alternativas possíveis, o melhor caminho a ser tomado e as conseqüências de nossas escolhas é um fator muito importante. Sabemos que é difícil apartar os sentimentos para a tomada de decisões de ordem emocional, mas, muitas vezes, é preciso um exímio equilíbrio entre razão e emoção, ou até o predomínio de um deles, para que o melhor seja efetuado.

Podemos recorrer à pessoas de confiança sempre que possível mas, principalmente, devemos nos lembra de ter a tranqüilidade e peciência que só a maturidade de nossas vivências nos proporciona.Assim, acalmamos o turbilhão de sentimentos e coisas que nos afligem e enxerga-los tal como realmente são. A vida não é complicada de ser vivida, ela só é intensa e dinâmica.

Que saibamos administrar os nossos conflitos pessoais para aprendermos, diariamente, a vivera vida na proporção exata em que deve ser vivida e valorizada. Que nossos problemas sejam apenas problemas e não nossa vida.


Um grande beijo e todos os leitores....gente,tá chegando as festas de fim de ano!!!!! ....Bjus...A Pequenininha...


PS: confesso que este texto está EnOrMe!!!!!!!!

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