Dia dos namorados




Quem me conhece há mais tempo sabe que hoje seria o dia de eu destilar todo o meu sarcasmo e veneno sobre o dia dos namorados. Eu separava uma série de charges que ironizavam a situação e que eram reflexo de como eu realmente me sentia. Ao mesmo tempo que eu queria viver um amor eu não acreditava que ele pudesse existir, ou que talvez existisse, mas era algo praticamente intangível. Mas verdade seja dita, eu não tinha muitas referências de relacionamentos saudáveis e expressões de afeto ao meu redor. O que predominava em mim era um coração cheio de mágoas e receios, que tinha medo de se dar e não se amava apropriadamente. Mas tive a oportunidade de conhecer pessoas e viver momentos maravilhosos que foram mudando meu pensamento ao longo do tempo e onde eu tive a certeza de que o amor se fazia presente. Amar e ser amado é um processo diário de cuidado, crescimento e cura! E, o mais importante, eu aprendi que o amor nasce de dentro! Você não consegue amar o outro se você primeiramente não se ama; a gente só consegue doar aquilo que em nós está cheio! E aos poucos eu fui aprendendo essa lição. E quem me vê, especialmente nas redes sociais (um recorte muito superficial e seletivo de nossa personalidade, diga-se de passagem), estranha essa mudança de perfil, de revoltada a quase narcisista (calma galera, não chego a tanto). Mas isso envolveu um longo processo de libertação, de aceitação, de perdão, de cuidado e de aprender a amar, especialmente a me amar. Não é todos dias que estou apta ao amor e com a mente positiva e confiante, mas a cada dia procuro ser uma pessoa melhor para mim e para os que estão ao meu redor. Por isso, hoje quero celebrar esse dia, quero celebrar o amor e a capacidade que temos de amar e sermos transformados por ele! Hoje quero expressar a minha alegria em poder compartilhar, de forma livre e sincera, que o amor existe, que ele habita em mim e que cura a todos aqueles que se permitem amar e serem amados!


A Pequenininha

Comentários

Leia também: