Lei do retorno?
Terminamos de forma até amigável, madura. Mas só depois do término ele veio me confessar que na data do seu aniversário sua ex esposa havia mandado uma mensagem de felicitação e ele retornou marcando um encontro. Contou também que foi uma conversa amigável e que viram que realmente não tinha como continuarem juntos.
Legal você ser a última a saber do que se passa, não é? Lembro que nesta época eu estava preparando um belo embrulho cheio de chocolates e uma mensagem carinhosa para presenteá-lo nesta data. Olha que situação! Eu que fui surpreendida tempos depois, afinal!
Claro que, mesmo terminados, me senti traída por ele ter escondido este fato de mim e não conversado nada a respeito na época em que aconteceu. Gosto de tratar meus relacionamentos de forma muito transparente e isso, pra mim, é um requisito mínimo.
Na hora veio mil hipósetes na cabeça... 'E se ela quisesse voltar?' 'Será que ele realmente gostava tanto de mim quanto afirmava?' 'Será que ele não tinha segundas intenções com este reencontro?'
Mas nada fazia mais sentido agora após o término. E minha raiva foi dando lugar a uma lembrança, algo que ocorreu após o fato do encontro dele com a ex e que me proporcionou uma grande satisfação com leve nunces de vingança.
Entre nossos términos e voltas, fui eu que também procurei o ex: desconsolada, triste e desgastada. Disse que um amor verdadeiro é mais difícil de se encontrar do que se pensa, que é muito difícil achar alguém com quem se tem sintonia. Disse que sentia falta dos beijos apaixonados, da cama sempre quente, das fodas bem fodidas e das noites bem dormidas. Falei que me faltava aquele companherismo de outrora; que ia desde à cozinha, passando pelo filme juntos, até o choro compartilhado nos momentos de luta e tristeza. Falamos de sintonia, de saudade, mas também de nossa realidade, nossos impedimentos e sobre a vida como ela é.
Falei de tudo isso porque estava em conflito, não sabia se aquele amor que vivi no passado era superestimado, sendo considerado normal o marasmo do relacionamento atual, ou se realmente eu estava me contentando com pouco. Quando namorava com o recente ex, me sentia culpada por questionar por companhia, carinho, sexo, e outras coisas que tinha como normal e saudável a prática constante dentro de um relacionamento. Ele dizia que eu superestimava as relações carnais e que estava com o nível de expectativa alto demais. Bem, depois da conversa que tive nem preciso dizer que tudo ficou mais claro! Mas não, não voltei com o ex de tempos atrás e, dias depois, o boy com quem eu havia recém terminado prometeu altas mudanças. Na expectativa de seguir com a vida, voltei.
Como era de se esperar, este retorno não rendeu muito e as promessas não se concretizaram, assim como o relacionamento que não vingou. Mas hoje me sinto satisfeita! Satisfeita por ter feito aquilo que tinha que fazer, por ter me conhecido mais e ter maturidade pra discernir o que é melhor pra mim, o que realmente me faz bem. No momento, essa realização pessoal não está atrelada nem o ex nem o ex do telefonema, é algo que depende apenas de mim e minha força de vontade de ser feliz!
Este relato só serve pra mostrar a lei do retorno. Não pense que você está escondendo as coisas de alguém ou, se está, que está imune de sofrer as mesmas consequências. Eu e ele guardamos nossos pequenos segredos, quase que sem malícia e, de certa forma, fomos retribuídos pelo destino. Estamos quites!
De uma menina que acha graça dessas ironias da vida,
A pequeninina.
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