Vinho barato
Mais um final de semana cansativo
e cheio de afazeres domésticos. O dia estava ensolarado, lindo por sinal, e
parecia muita injustiça eu terminá-lo enfurnada dentro de casa. Como se não
bastasse, parecia que eu tinha canalizado toda a minha energia mental e física
para a parte sexual e estava exageradamente lasciva, tomada de desejo. Eu só
precisava de uma desculpa para mudar a minha rota...
Bem, eis que ela surge,
perfeita e rápida, quase que como telepatia!
Meu telefone vibra e não demoro para visualizar a mensagem dele dizendo ‘olá’ e perguntando sobre o meu fim de
semana. Ele era daqueles contatinhos que você até gosta de conversar;
divertido, leve, sagaz. Mas também era daqueles que você não poderia depositar muita
confiança e credibilidade, pois sempre vinha com aquelas promessas de encontros que nunca se
cumpriam. Ele me descontraia, mas não o levava a sério.
Mas dessa vez ele estava mais
provocativo e aparentemente bem interessado em me ver. A proposta era simples e
objetiva: um vinho à beira da praia no final da tarde. E pensei comigo mesma: um
programa, um gatinho e uma distração para a minha monotonia... Huumm... 'Por que não?' Ainda assim hesitei, mas acabei aceitando o convite e decidi me
arriscar na aventura de um encontro sem muitas expectativas.
E eis que chego no horário
combinado e ele estava lá; mais carioca, impossível! Trajava uma bermuda jeans,
com um chinelo havaianas e uma camiseta básica. Veio em minha direção
sorridente, despreocupado e leve, tal como eu o imaginava e como eram as nossas
conversas. Ele então me deu um beijo no rosto e me abraçou forte. Depois se
voltou para mim e riu de como, após muitas conversas e promessas, finalmente
estávamos nos conhecendo pessoalmente. Em seguida, me trouxe logo à beira da
praia para desfrutarmos do nosso encontro.
Ali, sentados na faixa de areia,
vejo ele retirar de uma sacola uma garrafa de vinho doce. Não me recordo o
nome, mas era dessas marcas bem populares e de qualidade duvidosa. Trouxe
consigo também dois copos de requeijão, distintos entre si, para desfrutarmos do
nosso encontro. Confesso que o julguei nesse exato momento. Primeiramente, pela
simplicidade da sua escolha, e, depois, pela falta de experiência e até destreza
para agradar e impressionar uma mulher em um primeiro encontro. Mas não era eu
que queria sair da rotina e terminar o dia de uma maneira diferente? Então só decidi
quebrar meus próprios preconceitos e me permiti desfrutar daquele momento e tudo que
ele poderia me proporcionar.
E de fato foi um encontro tranquilo,
de muitas risadas e também troca de experiências. Eu adentrei um pouco no mundo
dele e ele no meu. Mas a tarde estava chegando ao fim e ele me disse que dentro
de poucas horas ele deveria trabalhar como plantonista. Seguimos, então, até
próximo da sua casa e quando o assunto idade foi colocado em pauta eu descobri
que, na verdade, ele era sete anos mais novo que eu!
Sete anos?!!! Eu fiquei incrédula
e só acreditei depois que vi a sua identidade! De fato, a aparência dele demonstrava
ter uma idade semelhante à minha. Mas, por outro lado, muitas das suas atitudes
demonstravam a sua imaturidade e até um pouco de inaptidão para a conquista; o
que super justificava a escolha do vinho, dentre outras coisas. Ele riu da
minha surpresa e perguntou se isso era um problema. Eu fui sincera em dizer
que, se soubesse da idade dele a princípio, muito provavelmente não aceitaria o
convite do encontro.
Rimos e eu me senti um pouco
envergonhada. Ele riu mais da minha cara e se sentiu um tanto quanto, como
posso assim dizer, desafiado. Cheguei a porta da sua casa, mas decidi não
entrar. Ele, após muita insistência, me convenceu e, assim que adentrei a sua casa, me deu um beijo
de tirar o fôlego! Nessa hora toda a minha lascividade parecia que tinha
voltado como um vulcão em erupção! Ainda assim, eu decidi me conter para não
passar do ponto com o ‘novinho’. Rs
Ele então resolveu investir mais
pesado. Enquanto agarrava firme a minha cintura beijava o meu pescoço, subindo
por ele até chegar à minha boca. Ele então foi caminhando junto a mim enquanto
me beijava com vontade e me prendia junto a parede. Algo em mim dizia que se eu
não parasse naquele exato momento eu ia acabar cedendo e outra parte de mim
estava inebriada a cada toque, a cada beijo quente, e só pedia por mais e mais! Sinto ele mordiscar
delicadamente as minhas orelhas enquanto sussurrava para eu ser apenas dele
naquele fim de tarde. Mas eu hesitei e o impeli de mim, usando a desculpa de
que eu precisava ir da mesma forma que ele também precisava se arrumar para o
trabalho.
Mas ele não desistiu e, sentindo que minhas palavras não condiziam com minhas ações, resolveu investir uma última vez. Ele sabia que não era isso que eu queria de fato. Sinto-o se aproximando de mim lentamente e o seu desejo a cada toque. Enquanto me beijava ardentemente, sinto-o abrir a sua bermuda e tirá-la, assim como a sua blusa. E eis
que, em questão de segundos, eu me deparo com ele completamente nu na minha
frente. Puta que pariu, que homem gostoso! Ele passava suavemente o seu pau por
cima da minha vulva, sobre o meu vestido, e não tinha como eu não ficar louca
com aquilo! O pau dele era só um dos membros mais lindos e grandes que eu já havia visto em toda a minha vida! Definitivamente, aquele pau deveria ser feito como modelo para
consolo e sex toys no mercado erótico porque era impossível não salivar e
desejar cada centímetro dele!
E ao voltar a me beijar com intenso
desejo, eu confesso que não resisti e me desmontei. Resolvi simplesmente me permitir
e me entregar para toda aquela energia pulsante que percorria todo o meu corpo
e que também emanava dele. Assim, ele foi desabotoando delicadamente cada botão
do meu vestido enquanto me beijava. E não deixou de me beijar, quente e
molhado, enquanto descia lentamente pelo meu corpo à medida que ele era descoberto:
pescoço, colo, meus seios, cada uma das minhas auréolas, minha barriga, até
chegar na minha região íntima.
Me deitando, e sem pudor algum,
ele se deliciava com destreza sobre a minha buceta. E ali ele se dedicou como
que não querendo que a hora passasse; me preenchendo com os seus dedos, me fazendo
contorcer com os movimentos da sua língua. Minhas pernas tremiam enquanto ele
as segurava forte e, me olhando, não parava de me chupar. Era como se ele
quisesse ver cada reação minha pelo movimentar da sua língua e dedos dentro de
mim. E assim eu não me segurei por muito tempo e explodi em um gozo intenso!
Mas ele não se deu por
satisfeito e parecia querer testar os limites do meu prazer antes que ele também
pudesse chegar ao seu ápice. E assim gozei, deliciosamente, de diferentes formas imagináveis e
inimagináveis: por cima, de quatro, 69 e outras que
eu nem sei o nome, mas sei que existem porque eu fui a cobaia e eu fiz! Rs. E por mais de uma vez
tive um ‘squirting’ e ele parecia amar aquilo! Descia para provar e se
lambuzava, só parando para retomar o nosso ato e me provocar mais e mais! E até eu fiquei surpresa porque
nunca que havia imaginado terminar o meu final de semana naquelas
condições!
E depois de, sei lá, quantas vezes eu ter gozado, senti que ele também estava no seu auge. Sem medo de ser feliz, rebolei naquele pau como há muito queria! Senti ele agarrar firme a minha cintura e a sua respiração ficando cada vez mais ofegante. E, assim, ele vai metendo mais forte, e mais, e mais, e mais...até que escuto seu urro alto e seu corpo se debruçando sobre o meu após um gozo explosivo!
Finalmente respiramos, nos
olhamos, olhamos o ambiente ao nosso redor, e rimos. Rimos muito, incrédulos! Resumo
da ópera: estávamos completamente suados, exaustos, e com aquele cheiro
inebriante de sexo pairando no ar. O lençol já não existia mais! Se já era fino,
terminou por ser rasgado e estava partido em dois. O colchão estava
completamente descoberto e ensopado de todo o nosso suor e, especialmente, dos
meus fluidos! Não acreditei quando vi o resultado da nossa ‘arte’! Me desculpei educadamente por aquele resultado. Ele riu, acredito
que um tico assustado também, mas com um sorriso de safadeza e satisfação como
que querendo dizer que tudo tinha valido a pena por aquele momento.
E após recuperarmos o nosso
fôlego, tomamos coragem e nos levantamos. Tomamos um banho, nos vestimos, e ele
prontamente se aprontou para mais um dia de trabalho. Ele me
acompanhou até o meu ponto de partida e nos despedimos sem expectativas de um
novo encontro, como de fato ocorreu. Acho que meu orgulho não me permitiria dar
o braço a torcer por ele, assim como a sua imaturidade não seria capaz de me
reconhecer para além daquele momento. Acredito que nossa energia foi tão
explosiva e caótica que gastamos todas as nossas fichas em um
único encontro! E eu simplesmente não me arrependo!
Confesso a vocês que essa foi uma
das histórias mais loucas, instigantes e deliciosas que vos escrevo. Saí de lá
com o pensamento ‘O QUE EU ACABEI DE FAZER DA MINHA VIDA?!!!’, misturado com um
tico de ‘AINDA BEM QUE ME PERMITI AO MENOS UMA VEZ FAZER ISSO NA MINHA VIDA!’
Hoje me peguei nessas recordações ao passar pela prateleira de vinhos em um supermercado. Títulos conhecidos, alguns mais nobres, outros mais baratos, e tinha também o vinho daquele bendito encontro. Escolhi um bom rótulo para o próximo deleite, sem expectativas quanto à ocasião de abertura ou companhia. Um vinho de aromas e sabores mais requintados, desses dignos de um momento especial e de mimos. Provavelmente o desfrutarei sozinha ou na companhia de um bom filme, sem problema algum quanto a isso. Mas não podemos desprezar, e dar os devidos créditos, também aos vinhos baratos. Um brinde aos seus aromas doces e a todas as histórias inebriantes que exalam dele!
A Pequenininha
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