Uma verdade inconveniente: Eu e os relacionamentos

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“Há um motivo pra dizer que eu seria mais feliz sozinha. Não foi porque eu pensei que seria mais feliz sozinha. Foi porque eu pensei que se eu amasse alguém... e depois acabasse... talvez eu não conseguisse sobreviver. É mais fácil ficar sozinho. Porque, e se você descobrir que precisa de amor? E depois você não o tem. E se você gostar, e depender dele? E se você modelar a sua vida em torno dele? E então... ele acaba. Você consegue sobreviver a essa dor? Perder um amor é como perder um órgão. É como morrer. A única diferença é... a morte termina. Isso... pode continuar para sempre.”
Grey’s anatomy – 7x22.
 
 
 Nestes quesitos de sentimento e relacionamento eu pareço aquele tipo criança que nunca comeu doce e quando come se lambuza. Eu não fui acostumada a uma maneira afetuosa, eu não sou afetuosa e, pra ser sincera, tenho medo de ser. Eu me imagino como uma pessoa dura de coração que, quando consegue achar um guerreiro valente disposto a encarar essa muralha, desarma todas as suas defesas e se permite ficar bestinha pra desfrutar um momento tão novo e ainda tão pouco cultivado, ávida para passar pelas consolações do que é amar e deixar ser amada.

Eu morei durante um ano com uma família, logo quando eu fui estudar fora. Não que a minha casa fosse totalmente deturpada, mas essa era muito diferente de tudo que eu costumava ver. Sei lá, eles se interagiam, trocavam elogios, carinhos e proteção. É claro que eles também discutiam e tudo mais, mas era tudo muito ameno... eu via claramente que ali se concretizava o que era ser realmente família. E foi aí que eu tive noção do quão diferente isso era da minha realidade, do modo que fui criada e vivenciava. Foi um choque de realidade! Então passei a pensar que eu não sabia absolutamente nada sobre o que é se realizar como família e do que era se envolver plenamente.

Diante desta nova realidade e do meu desejo por vivenciar isto passei a pensar que seria complicado mudar o que passou, mas eu poderia tentar algo diferente nas minhas relações futuras. Mas ao mesmo tempo é complicado, pois é a insegurança de anos aqui envolvida. É preciso muito cuidado, pois, na busca de se completar, de saciar suas carências e buscar amar realmente, eu poderia passar do estado de coração fechado para totalmente dependente do afeto do outro. Apesar de sempre observar e ter um vasto conhecimento teórico, a falta de prática ainda me setencia como iniciante nesta vivência. É como saber, só de conversa, que um doce é doce e gostoso e ficar louco para experimentar, porém saber dos seus riscos; e então temer a quantidade limite que pode ingerir por vez e a dor de barriga que o doce pode causar.

Sim pessoas, eu tenho medos e ausências, e luto diariamente para superá-las! Mas quem não os tem?!

Por vezes penso que tenho desejos tão simples que chegam a ser até idiotas neste quesito... como deitar no colo de alguém, receber um abraço forte enquanto choro ou rio, reclinar no ombro e descansar. Não tenho muitas recordações a respeito. Vi muito disso na família que eu morava e com outras pessoas, também vi que parecia ser muito bom. Por isso, por mais que eu seja tímida e fechada, quero muito isso para mim um dia!

Emotiva, carente, insegura... Podem pensar muitas coisas ao meu respeito, mas não tentem me rotular. Até porque o ser humano é muito mais complexo do que podemos imaginar. Cada um tem sua história de vida e a forma como reage a ela e reflete para os outros é o que nos torna únicos e especiais! Só digo que tenho tentado superar, mesmo que a passos muito lentos, todo esse medo; e acredito que um dia, um dia... ainda serei muito feliz e realizada neste aspecto!

Bjus a todos... de uma menina que acha que a escritora deste texto da série Grey’s Anatomy foi muito feliz ao abordar o assunto e disse tudo o que eu precisaria dizer para aqueles que acham um absurdo e infantilidade o meu pé atrás com relacionamentos.

A Pequenininha.

Ps: Minha foto quando bebê. Coisinha mais linda de mamãe! rsrsrs…

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