Falando de coisas chatas e pessoais II



Não leia este post se você procura um texto impessoal, bonitinho e otimista. Aqui estão apenas divagações sobre coisas chatas e próprias.

Que infantil tudo isso!
Tenho que confessar que é com dor no coração que preciso tomar atitudes tão drásticas por conta de pessoas que não sabem lidar com certos tipos de situações.
Tive que apagar o número de celular de um amigo, esta era uma das únicas formas de contato que tinha com ele. Não sei exatamente o por quê, mas acho que eu era mais amiga dele do que ele de mim e, por mais que nossas conversas fossem produtivas a discrepância e displicência neste aspecto era muito grande. Eu ficava feliz mesmo com poucos momentos de conversa, mas depois eu ia ficando triste e cada vez mais triste com o passar dos dias.
O nome disso eu já sabia e conhecia muito bem, era a maldita dependência pessoal. Como ia percebendo que nenhuma ou quase nenhuma entrega vinha da outra parte me vi, aos poucos, perdendo um pouco de mim mesma cada vez que tentava encontrar nele uma amizade ou qualquer atitude que fosse recíproca. Fiquei particularmente triste por saber que esta era fatos que aconteciam apenas em relação a mim.
Então passei por um pouco de ciúmes, a cabeça começou a ficar confusa ao tentar entender o porquê das coisas e sentir-se abatida com tudo isso se tornou praticamente inevitável. Procurei me policiar intensamente nestas atitudes e tive que partir para uma ação meio egoísta, meio vingativa e meio idiota, mas ao meu alcance era o que tinha de mais funcional. Inventei um apelido do tipo ‘piada interna’ à altura da situação: igualmente desprezível e imbecil.
De certa forma me livrei do peso que era querê-lo tão bem, mas não pense que fico feliz com tudo isso. Queria eu que a situação fosse bem diferente, mas nas circunstâncias que me encontro não posso me dar ao luxo de me deixar ser mais ferida, deixar passar desapercebido; preservar-me destas tristezas finas fez-se urgentemente necessário.
Não me julguem mal. Considere também que estou na última etapa de desintoscação que é bastante delicada e perigosa. Muito do que expresso agora é fruto desta fase psicoemocional igualmente idiota (mas natural para todas as pessoas). Procuro aprender diariamente com minhas vivências, mas confesso ainda não saber lidar com isso tudo.
Não deixei de ser amiga do dito cujo e nem vou evitá-lo por conta disso tudo. O receberei sempre com alegria, mas retomar contato é uma coisa que depende mais dele e nisto penso que será uma iniciativa quase improvável, pois creio que ele ainda nem sequer se deu conta de tudo que se passa muito menos será tão atento com isso quando souber. Muitas coisas precisam ser postas em ordem em uma conversa direta e sincera. Como gostaria de expressar pessoalmente estas coisas sem precisar escrever aqui no blog pra aliviar meus pensamentos. Mas a vida é assim, e é melhor que tudo ocorra naturalmente, sem nenhuma pressão para isso.
Imagino que não devam estar entendendo muita coisa a este respeito e, acreditem, é melhor nem entender. Compreendam somente que não briguei com ninguém, não cortei relação com ninguém, apenas concordo com um pensamento que diz: ‘Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as tive. (John Lennon)’

Abraço a todos... de uma menina que valoriza mais que tudo o preço de uma boa amizade. Que anda meio chata, meio triste e meio complicada, mas sempre procura estar aberta para si mesma e para os outros. Bjus... A Pequenininha.

Comentários

Leia também: