Você é egoísta como eu?! Que coincidência!


“Existem coisas que simplesmente não devemos procurar nos assemelhar.”

“Diz-se que o egoísmo não sabe amar, mas também não sabe deixar-se amar.” (Astolphe de Custine)

Em um relacionamento devemos buscar afinidades que nos aproximam e usar delas para criar uma espécie de feeling que mantém a relação. Porém existem coisas que são intoleráveis dentro de um relacionamento e se, cultivados de ambos os lados, funciona como uma sentença de morte para a mesma.

Ressentimentos, insegurança e principalmente o egoísmo são insuportáveis por si mesmo. Não fazem bem para a própria pessoa que os cultiva, o que dirá isso sendo transmitido constantemente na convivência com o outro. De todos os defeitos que, acredite, são muitos, enfoquemos somente no egoísmo. Como queremos manter uma relação saudável com outro, ou seja, compartilhar nossa vida com o próximo com o fim de um crescimento e desenvolvimento afetivo recíproco, se estamos fechados só em nosso mundinho particular? E se precisamos nos recolher por um momento, porque não deixar isso claro ao outro sem, contudo, nos afastarmos ou deixar que este pense que ele não é importante ou que só atrapalha durante este processo?

Uma pessoa agindo assim já torna a situação complicada, duas então torna a manutenção desta relação insustentável. Vamos tentando respeitar o espaço do outro, porque gostaríamos que isso também acontecesse com a gente; mas poderemos abrir brechas para a solidão e o fechamento para a convivência e troca de afetos, podendo ser displicentes com tudo e instaurando ausências em nome da ‘manutenção de nossa individualidade’.

Quando a situação chega a este ponto é melhor repensarmos na forma com que agimos, se estamos realmente preparados para manter uma relação construtiva naquele momento e se o outro é realmente a pessoa certa com o qual devemos compartilhar o nosso afeto ou até se ela nos é uma coisa positiva, que nos edifica em nossa atual realidade.

Devemos entender que, se estamos em uma relação devemos aceitar suas consequências. Mas, devemos também nos questionar sobre a forma com que agimos e buscarmos nos aperfeiçoar constantemente pelo nosso bem, pelo bem do outro e da situação no geral.; e isto é uma coisa que deve ser feita e discutida em ambos os lados.

Que sejamos sinceros conosco mesmos e não nos escondamos atrás da monotonia da vida para não querermos enxergar que a situação não anda bem. Que tenhamos nosso espaço e nossa individualidade, mas que não fechemos demais em nós mesmos para que não esqueçamos que existem pessoas que contam com a gente, que esperam reciprocidade e que precisam se sentir envolvidas para realmente envolver-se; que esperam receber um sinal de aceitação pra também dar o seu passo a frente sem medo de também sair de seu mundinho egoísta.

Abraço a todos... de uma menina ainda meio egoísta e cética mas que anda investindo em uma relação que ultrapassa a barreira de seu individualismo. Que ainda tem medo e insegurança e que por isso precisa sentir que uma mão está a ajudá-la e, principalmente, a seguir com ela, para que possa vencer estas barreiras, para que possa sentir que pode contar com alguém, se envolver e crescer com ela. Mas também de uma menina que respeita o seu espaço mais que tudo e tem medo de se machucar e que por isso aprendeu a não esperar que a situação fique crítica, pelas próprias experiências da vida, pra botar um ponto final em toda esta história. Bjus... A Pequenininha.

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