Quando o amor acaba
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiT3jcxJWlh5jBzxVwPx3_K0DJC4_cRBwjlrUhFKxUEeG_o6ODeOE2s7YsbXzyJE7NPJSvzRQWLS_062sZ8Uj5sAj6a9rfnhzkWCd9qX1hg0gBhRNABnWMT7uOaik7plFa7-DOLcxulT9I/s400/Sim-O-Amor-Acaba.jpg)
“Até os ogros tem sentimentos – Shrek”
Quando o amor acaba é difícil acreditar que é isto mesmo que está ocorrendo. Aos poucos vai se apagando o furor, a novidade, a adrenalina de cada instante, de cada reencontro. Poderíamos estar nos confundindo com paixão, mas sabemos que o amor também tem dessas coisas e felizes os que sabem construir uma coisa boa disto depois que tudo passa.
O amor é o sentimento mais sublime que existe, pois exige entrega, humildade, renúncia, etc. É algo tão saudável que precisa ser necessariamente compartilhado: ele abre caminho para relacionamentos e torna as pessoas mais positivas e felizes. Quando bem administrado, é um santo remédio para a alma. Mas o ato de amar pode não ser correspondido ou simplesmente não estar bem cuidado, podendo se apagar com o tempo. É nestas horas que devemos nos valer de toda maturidade para lidar com esta situação chata, mas que nos ensina imensamente.
O que fazer nestas horas? Morrer de carência, chorar e se descabelar, achar que o mundo acabou porque uma situação não deu certo? Partir para outra imediatamente na esperança de construir um novo relacionamento e uma afeição na velocidade da luz? Bem, estes são pensamentos recorrentes na atual sociedade que vem nos mostrar o quão despreparado estamos para amar. Não dificilmente nos deparamos com pessoas carentes que não sabem construir relacionamentos, mantê-los e, se as coisas não forem mesmo para darem certo, permitirem que seus corações se acalmem e tenha o seu tempo; para só posteriormente se engajar em outra aventura.
Um amor que se amansa naturalmente, que não vai da brasa à cinza num instante, tende a continuar mantendo alguma forma de interação com o outro, só que de uma diferente forma. Um exemplo positivo disto é o estabelecimento da amizade. Assim acontece com casais de idosos que se acostumaram tanto com a presença um do outro que não sabem mais viver longe. Não existe mais fogo, fortes ciúmes ou intensa troca de olhares; o sentimento entre eles passa a ser mais consolidado, não juvenil. O que existe ali já não é mais amor, eles não são mais amantes e sim amigos, cúmplices de uma história.
Na verdade, não é o amor que acaba e sim a forma com que nos relacionamos com alguém é que muda. Desde que tenhamos maturidade, sempre estaremos abertos ao amor. Este é um ato que se renova e se faz diferente para ser descoberto e redescoberto a cada instante. Por isso não devemos ficar tristes se este sentimento se extinguiu em relação a alguém o se nos sentimos incapazes de amar novamente. Todas as respostas para isso vêm com nossas vivências e com o tempo, basta que tenhamos paciência e abertura para este aprendizado.
O amor mais que sentido deve ser exercido e entender como sua dinâmica funciona ajuda-nos a compreender enormemente como e quando nos envolver, interagir e gerar sempre bons frutos. Também nos ajuda a entender quando um investimento vale à pena ou não ser iniciado e ou dar prosseguimento. Precisamos entender que mesmo amando ou deixando de amar é preciso manter sempre os nossos limites, nossa individualidade.
Que saibamos entender que quando o amor acaba nós não vamos junto com ele e que nisto devemos ter força e sabedoria o suficiente para nos restabelecermos, mantermos relacionamentos saudáveis e construirmos nossa história com base nos ensinamentos deste sentimento que nos vivifica, impulsiona e nos torna mais abertos a maiores oportunidade de viver.
Abraço a todos... de uma menina que acha que não está mais tosca e que fica muito feliz por assim ser. Que procura aprender a cada dia, mesmo que errando aos montes e ficando insegura em relação a quase tudo. Que tem plena consciência de que ainda precisa aprender muitas coisas sobre tudo isso mas que sabe da importância do amor e sua prática, e como ele opera de diferentes e benéficas formas na vida das pessoas. Bjus... A Pequenininha.
Obs 1: Nunca fui muito de sentimentos, mas falar de amor se fazia necessário neste momento.
Obs 2: Eu sei que a epígrafe não tem muito a ver com o tema mas é porque eu me simpatizei com a frase e não podia deixar de colocá-la!
Comentários